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Dólar opera em queda e vai a R$ 5,91, com política tarifária de Trump no radar; Ibovespa oscila

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. Já o principal índice da bolsa de valores avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Notas de ...

Dólar opera em queda e vai a R$ 5,91, com política tarifária de Trump no radar; Ibovespa oscila
Dólar opera em queda e vai a R$ 5,91, com política tarifária de Trump no radar; Ibovespa oscila (Foto: Reprodução)

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. Já o principal índice da bolsa de valores avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar opera em queda nesta quarta-feira (22), e ficou abaixo de R$ 6 já nos primeiros minutos de pregão. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, oscila entre altas e baixas. Os investidores continuam a precificar os possíveis rumos da política tarifária dos Estados Unidos com a chegada de Donald Trump à presidência. Na véspera, Trump reforçou a promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, além de considerar alíquotas de até 25% contra México e Canadá. A falta de medidas concretas sobre o tema tem beneficiado outras moedas ao redor do mundo. (entenda mais abaixo) Além disso, o mercado acompanha o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) em Davos, na Suíça, e está atento aos desdobramentos das contas públicas brasileiras. Na agenda, balanços corporativos e dados econômicos locais e internacionais estão em destaque. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Às 13h55, o dólar operava em queda de 1,85%, cotado a R$ 5,9184. Na mínima do dia, foi a R$ 5,9154. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. Com o resultado, acumulou: queda de 0,58% na semana; recuo de 2,42% no mês e no ano. a Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda de 0,07%, aos 123.248 pontos. Na véspera, o índice avançou 0,39%, aos 123.338 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,81% na semana; ganho de 2,54% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuam a influenciar os mercados nesta quarta. Além das ordens executivas assinadas no primeiro dia de mandato, novas declarações de Trump sobre um possível "tarifaço" a outros países geraram incertezas sobre os impactos no comércio global. Na terça-feira, durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro. O republicano também ameaçou impor tarifas para o México e para o Canadá, afirmando que há preocupação com o fluxo de drogas provenientes desses dois países. Juros, dólar e bitcoin: o que o mercado espera de Donald Trump e quais os impactos para o Brasil Apesar disso, a falta de medidas concretas sobre o tema fortalecia outras moedas ao redor do planeta. "Essa abordagem do governo Trump, de primeiro ameaçar para depois estudar se realmente vai ser implantada alguma tarifa sobre as outras economias, tem levado a um movimento de enfraquecimento global do dólar", disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX à agência de notícias Reuters. "Visto o que se antecipava, o receio era de que ele teria uma postura agressiva já no seu primeiro dia de mandato", completou. Esse cenário, no entanto, não aconteceu. Sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a repercutir as falas recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e com o Brasil "é excelente", mas destacou que a região "precisa mais dos Estados Unidos" do que o contrário. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina. A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e a América Latina, feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no Salão Oval da Casa Branca O presidente Lula afirmou que torce por uma "gestão profícua" (ou seja, proveitosa) por parte de Trump, afirmando que o Brasil "não quer briga" com os Estados Unidos. "Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil", disse Lula. "Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia", seguiu. Desde sua campanha, o novo presidente dos EUA tem sinalizado uma agenda mais protecionista, priorizando o fortalecimento da atividade doméstica e limitando a concorrência estrangeira. Por isso, investidores estão incertos sobre os impactos econômicos das medidas do republicano e os efeitos que essas propostas podem ter no Brasil. Por aqui, o mercado está atento ao cenário fiscal, especialmente porque o Orçamento ainda não foi aprovado. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, listou as prioridades do governo na política econômica para este ano, destacando a necessidade de fortalecer o arcabouço fiscal e mencionando a reforma do Imposto de Renda. Na agenda doméstica, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, será divulgado na próxima sexta-feira e deve trazer mais indicações sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic.

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